Gravador de fita cassete caseiro
Olá humanos! Eu reapareço aqui com um circuito bem legal: gravador de fita cassete. Mas aí muitos devem pensar "mas ninguém mais ouve fita mais, tem YouTube e Spotify, que uso isso tem?". Então se eh disser que vc pode salvar suas playlist favoritas, álbuns e muito mais num formato físico, personalizado, que não somente serve para ouvir com uma qualidade razoável, como também virá um objeto de valor sentimental muito grande, continuaria a dizer que é sem utilidade? Enfim, vamos ao circuito:
Gravar fita cassete é algo muito simples: basta magnetizar as partículas ferromagnéticas no padrão da faixa de áudio. Como fazemos isso? Um simples oscilador.
O oscilador bias é bem simples, com um transistor e um transfomador, a frequência de oscilação é importante para a qualidade de áudio, recomendo deixar por volta dos 100kHz, se não tiver nenhum frequencímetro, existe uma maneira mais arcaica de saber se a frequência está alta o suficiente: põe o dedo. Como a tensão do secundário é relativamente alta (30V - 90V) ao colocar o dedo, bastante coerente irá fluir (alguns mA), se a frequência for baixa, você sentirá um leve choque (bem fraco), mas se a frequência for alta (>40kHz), você somente sentirá aquecimento no local de contato.
É importante ter uma capacitância no secundário, para tentar manter a forma de onda o mais sentidas possível, a frequência pode ser definida grossamente por este capacitor, enquanto o ajuste fino de frequência pode ser pelos capacitores do primário.
O capacitor da base do transitor também altera a frequência, mas principalmente, dita a corrente de saída. Se a saída não tiver corrente (ou tensão) suficiente para aquecer os dedos ao menor toque, então provavelmente não conseguirá gravar com fidelidade a fita.
Saindo do oscilador, enquanto uma extremidade do secundário é aterrada no negativo, a outra extremidade, é dividida por dois capacitores (~1nF) acoplam a alta frequência (~100kHz) diretamente para as cabeças de leituras (agora de gravação) esquerda e direita (gravação em estéreo).
A cabeça de gravação recebe continuamente o sinal de bias, enquanto o sinal de áudio também vai simultaneamente via resistores, em sobreposição com sinal de bias, dessa forma, a cabeça de gravação recebe o sinal de bias com modulação em sua amplitude (AM) pelo sinal de áudio, e é dess forma que é gravado sons na fita.
Para melhorar a qualidade de som, um tanque LC é posto em série com o sinal de áudio, dessa maneira o sinal de bias não é tão afetado pela capacitância e resistência da fonte de áudio, pois o tanque LC tem alta impedância para a frequência de bias (=100kHz), mas isso somente se a frequência de ressonância for a mesma (ou muito próxima) da frequência de bias.
Também, antes do sinal de bias ser dividido pelos capacitores, pode-se colocar um potenciômetro em série para ter um ajuste do sinal de bias, pois, se ele for muito fraco ou muito forte, o som gravado poderá ter sua forma de onda distorcida, resultando numa péssima gravação.
Eu falei de como gravar, isso vale para fitas em brancos, mas e regravar? Como apagar fitas já gravadas? Então, eu tentei de várias maneiras, e a mais confiável e simples foi... imãs: Basicamente é um pino e um imã de neodímio muito pequeno (encontrado em cabeças de leituras de CDs e DVDs), que fica logo abaixo da fita, e ao rolar a fita rapidamente, o imã desorganiza as partículas ferromagnéticas, assim apagando quaisquer gravações que ali estiveram.
E aqui um walkman que modifiquei para poder utilizar a cabeças de leituras para gravação (com um simples interruptor), também coloquei una bateria recarregável nele:
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